terça-feira, 25 de agosto de 2009

Rosa

Dizer que os melhores dias de nossa vida estão no passado é algo que eu considero, de certa forma, pessimista. Os dias que se passaram, se passaram, e se foram realmente bons que fiquem na memória, mas uma coisa é fato: os dias que não vieram ainda não foram feitos.

As coisas mais gostosas da vida são sim as mais simples (sei que isso parece um tanto clichê, mas é a pura verdade).

Foi quase no final do primeiro semestre desse ano (2009), estavamos eu e Rainara na biblioteca pública, estudando pra prova final de cálculo, quando notamos a conversa de uma garota na mesa ao lado.

ELA É CULTA !
Escreveu Rainara por cima de alguma derivada, ou integral, no livro.
Encontrar pessoas que gostem de boa música (abominando funk), política, e que tenham certeza de que a sociedade é indubitavelmente falha, é muito raro. Não tivemos oportunidade de conhecê-la naquela ocasião.

Mas por esses dias sim, nós a conhecemos e depois de um bom papo levado dentro da biblioteca fomos tomar café (de graça, é claro, daqueles que distribuem no supermercado). E foi com o café na mão que ela nos disse:
"Compra tudo aquilo que não pode ser comprado!"
Sim, podemos entender de várias formas essa frase, cada um a avaliará da forma que melhor lhe convier. Prefiro não deixar aqui o que eu interpretei, porém pensem, não a deixem ao léu.
É o mesmo pra quando eu digo:
"Nunca se esqueça daquilo que jamais poderá ser esquecido."
Ao ouvir isso meu coração bate de forma diferente.

Nada me encanta tanto do que a capacidade que uma pessoa tem de nos marcar de forma pura e sincera.
Quem é essa menina?
Ela prefere ser chamada de Rosa.

sábado, 8 de agosto de 2009

Acalento

Estou fora daqui
alguém precisa de mim?
Por enquanto, talvez, não.

Se gritam por mim
agora não ouço,
ou não me fazem ouvir.

Estarei deitado,
dormindo com meu amor.
Acalenta-me, acalenta-me,
acalenta-me sonho meu.

Se ainda buscam por mim
por mim não encontrarão
me perdi
e perdido de mim mesmo
só meu amor pode me achar
ou não.
Acalenta-me, acalenta-me
acalenta-me sonho meu.

Denilson Luiz