Perdeu-se o sono
e o garoto de tão longe
é escolhido, dentre tantos,
o que te faz bem.
Carregou consigo
a sina das noites brancas
[que nos embriaga
de etílicas esperanças].
Ora te oferece, o garoto de tão longe,
um sorriso.
Ele sabe que isso te faz bem.
Mas não sabe você,
que pro garoto de tão longe,
a sua simples existência
o faz tão bem
quanto ele a você.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Praça Vermelha
I
Ela me disse que partirá, em breve.
Eu, aqui, permanecerei.
A praça vermelha usurpa, de mim,
a minha mulher.
Uma das poucas que amei.
Estou certo que, em ti, praça vermelha,
ela certamente irá flanar;
hábito do qual, eu e ela,
e outros amantes
de fazer nunca irão parar.
Mas entendo que, em ti, praça vermelha,
o sonho dela é um fato.
Guarda contigo uma parte do meu coração,
tão rubro quanto ti,
que fraqueja. Fraqueja neste desato.
Ela me disse que partirá, em breve.
Eu, aqui, permanecerei.
A praça vermelha usurpa, de mim,
a minha mulher.
Uma das poucas que amei.
Estou certo que, em ti, praça vermelha,
ela certamente irá flanar;
hábito do qual, eu e ela,
e outros amantes
de fazer nunca irão parar.
Mas entendo que, em ti, praça vermelha,
o sonho dela é um fato.
Guarda contigo uma parte do meu coração,
tão rubro quanto ti,
que fraqueja. Fraqueja neste desato.
quarta-feira, 14 de março de 2012
SEM TÍTULO E INTERMINADO
Escrevo porque vi diante de mim
uma súbita ausência
que mergulha,
infinitamente
Escrevo porque tento salvá-los
nas noites frias e brancas
de terras sem fim,
continuamente
Escrevo porque embriágo-me
de pura insanidade
sem medida,
loucamente
Escrevo porque sou tolo
e amo
Escrevo porque não há razão
Não há motivo para escrever
Escrevo porque respiro ferro
Mas escrevo, acima de tudo,
porque sou itabirano.
uma súbita ausência
que mergulha,
infinitamente
Escrevo porque tento salvá-los
nas noites frias e brancas
de terras sem fim,
continuamente
Escrevo porque embriágo-me
de pura insanidade
sem medida,
loucamente
Escrevo porque sou tolo
e amo
Escrevo porque não há razão
Não há motivo para escrever
Escrevo porque respiro ferro
Mas escrevo, acima de tudo,
porque sou itabirano.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Póstumo Amor
Sinto falta,
percebi que sinto falta,
falta de um póstumo amor.
Amor de remotos tempos,
tempos loucos, novos,
ensandecidos tempos.
O primeiro amor daquele amor
fui eu, e eu o moldei,
por isso sinto falta,
eu o fiz pra mim.
Mas não lastimo,
não caio em prantos;
ele é póstumo!
Não mais desejo aquele amor,
se é que posso chamar aquilo de amor.
Sinto falta, apenas.
percebi que sinto falta,
falta de um póstumo amor.
Amor de remotos tempos,
tempos loucos, novos,
ensandecidos tempos.
O primeiro amor daquele amor
fui eu, e eu o moldei,
por isso sinto falta,
eu o fiz pra mim.
Mas não lastimo,
não caio em prantos;
ele é póstumo!
Não mais desejo aquele amor,
se é que posso chamar aquilo de amor.
Sinto falta, apenas.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Ode à Noturnidade
A pausa da vida nos faz ouvir o mundo
e isso não é de modo arbitrário,
gozar-se do silêncio da noite
é apenas um corolário.
Dizem que o demônio domina as trevas e nelas,
com os homens, deleita-se com seus jogos não triviais.
Mas, ora... eu pergunto:
e os humanos que ainda dormem? Pobres mortais!
Meu sono é o mais claro
e meu despertar, só pela lua não é cego.
Não imagino meus dias sem as noites,
de fato sou noturno, não nego.
e isso não é de modo arbitrário,
gozar-se do silêncio da noite
é apenas um corolário.
Dizem que o demônio domina as trevas e nelas,
com os homens, deleita-se com seus jogos não triviais.
Mas, ora... eu pergunto:
e os humanos que ainda dormem? Pobres mortais!
Meu sono é o mais claro
e meu despertar, só pela lua não é cego.
Não imagino meus dias sem as noites,
de fato sou noturno, não nego.
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